30 de jan. de 2012

HIROSHIMA, MEU AMOR – HIROSHIMA, MON AMOUR (1959)



            A 2ª Guerra Mundial é um tema muito recorrente no cinema mundial, pois uma vez tratado por um diretor ou roteirista, logo vem outro com uma proposta totalmente diferente. Dentre as propostas temos várias abordagens, aquelas que fazem parecer ter acontecido nos idos da grande guerra, tenta retrata-la ou fazem um documentário para tentar chegar o mais próximo possível do que foram as emoções sentidas em um determinado momento e suas consequências. Hiroshima vem de encontro a tudo que conhecemos. Esta obra de Alain Resnais, não tenta em nenhum momento retratar o que realmente ocorreu quando a bomba atômica atingiu a cidade de Hiroshima. Neste filme não somos telespectadores da brutalidade do acontecido, somos levados ao não esquecimento, e quando pensamos que isso poderia ter acontecido com qualquer país, nunca saberemos quais foram as reais consequências psi porque não a vivenciamos.

28 de jan. de 2012

SUT - LEITE (2008)


Marcel Moreno

                        Este é mais um excerto da vida de Yusuf, contada em três partes na trilogia Ovo-Leite-Mel e dirigida com muito talento pelo diretor Semih Kaplanoglu. A vida deste personagem, que não é a continuação da "primeira" parte intitulada OVO (2007), pois o diretor optou por contar a vida de Yusuf do fim para começo, o que não configura ser uma história póstuma. Neste ínterim vamos conhecer um pouco da adolescência de Yusuf e sua relação com sua mãe, parte desconhecida em Yumurta, e também sua relação com o trabalho, sua jornada para se tornar um poeta e seus relacionamentos amorosos. Vamos trilhar com eles suas experiências que ajudaram para que ele se tornasse o que vemos no filme “Yumurta”.

26 de jan. de 2012

YUMURTA – OVO (2007)


Marcel Moreno

                                       Esta película cinematográfica acompanha a vida de Yusuf, um homem que escreve poemas e é dono de uma loja de livros usados. Ele é uma pessoa fechada que vai descobrindo algo novo sobre sua vida mesmo sem saber disso, e mesmo sem estar procurando. Em vários momentos do filme é lindo ver que o ator que outrora iniciou fechado e com certo ar frio, com o tempo vai se abrindo aos poucos, ora com um sorriso, ora com uma preocupação com a sua “prima”. Ele como um personagem contido, em alguns momentos, deixa transparecer que certas coisas não são para ele, apesar de também demonstrar que gosta do que vê e o deseja. Podemos perceber que ele tem algo que o incomoda que não sabemos, e nem ele mesmo sabe, é algo interno que podemos sentir.

23 de jan. de 2012

EARTHLINGS – TERRÁQUEOS (2007)



Por Marcel Moreno

 “Enquanto existirem abatedouros
Existirão campos de guerra”.
Leon Tolstoi

                                                 De onde vem à carne que você come? Já parou para pensar nisso? E o leite que você bebe? Para onde vão os cachorros que vemos na rua? E o casaco de pele que você usa? Sabe como ele é produzido? E os cosméticos que você usa para te deixar mais atraente, você tem noção da feiura que é por trás da sua fabricação? Já parou para pensar o que faz um animal fazer o que não é da natureza dele? Estas e outras questões são mostradas neste documentário que aborda como nós, a espécie humana, tratamos a vida no nosso planeta. Por que achamos que só porque pensamos somos os senhores do mundo? E por que pensamos que as raças “inferiores” merecem menos espaço na terra do que nós? Isso nos dá o direito de sermos tiranos e torturarmos, espancarmos, tirarmos suas cabeças, deixarmos que agonizem até a morte em câmeras de gás ou degola-los, até que seu sangue jorre todo do seu corpo, até que não sobre nenhum suspiro de vida? Nós temos esse direito?

20 de jan. de 2012

O CÃO ANDALUZ – UN CHIEN ANDALOU (1929)



Por Marcel Moreno

                                  O cinema nasce da criatividade dos seus idealizadores. Não há bons filmes isentos de muita criatividade na elaboração de roteiros ou passagens e na criação de imagens que, como a arte que explica através do que se vê, deve falar e explicar muito com as suas simbologias. Para filmes surrealistas isso não é diferente, é primordial, embora em muitos casos, o entendimento fique entregue a subjetividade. Aqui podemos ver a pura expressão do subconsciente de Luiz Buñuel e Salvador Dali, os roteiristas, dentro de uma película, se não espantosa, com certeza instigante.

19 de jan. de 2012

BENT (1997)




Por Marcel Moreno

               Muitos são os filmes que abordam o tema burguesia mostrando seu âmago e aplicando críticas a seus modos de vida, como por exemplo, O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA (1972). Fora a moralidade mundana, por muito tempo calcado na visão moralista da própria burguesia, a situação na Alemanha de Hitler não era diferente. A burguesia continuava a manter a imagem de puros, enquanto que muito deles se organizavam em guetos para manifestar seus instintos mais íntimos.  Assim eram em casarões afastados e abandonados que as festas aconteciam e reuniam todo tipo de gente aconteciam. Entre homens, mulheres, soldados, homossexuais, travestis, judeus, efeminados, filhos de barões, e qualquer um que pudesse representar ou as classes marginais daquele país ou aqueles que queriam fugir da realidade, regados a bebidas, drogas, sexo e boa musica, é que as pessoas eram tudo o que o governo nazista era contra.

15 de jan. de 2012

METROPOLIS (1927)




Por Marcel Alves

                     O homem sempre teve vontade de saber como seria o nosso mundo nos anos futuros, e neste quesito a imaginação ia longe, bem mais do que nossa pequena tecnologia poderia alcançar até então. Muitos imaginavam como seria nosso ambiente, nossa civilização ou onde poderíamos chegar como por exemplo o filme VIAGEM A LUA (1902). Muitos dos mestres do cinema fizeram grandes filmes futuristas e aplicaram suas visões como é o caso de TEMPOS MODERNOS (1936) ou BRAVE NEW WORLD (1998), com críticas as culturas e sistemas políticos, prevendo a deterioração das civilizações desenvolvidas, já que elas abordam geralmente cidades que a Revolução Industrial fez verdadeiras transformações na relação do trabalho com o homem e a economia.

14 de jan. de 2012

O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA - LE CHARME DISCRET DE LA BUORGEOISIE (1972)



Por Marcel Moreno


               A proposta de criar um filme com uma temática de parecer mostrar o lado charmosos de uma sociedade e colocar na tela toda a podridão, que só vê quem tem a oportunidade, ou o infortúnio, de conviver com eles é que faz deste filme de Luiz Buñuel um clássico. Atemporal como é, ele mostra com era - e como ainda é, se não pior - a nossa classe rica, ou burguesa, ou políticos, ou qualquer um sem um mínimo de decência e valores. Isto não quer dizer que todos da burguesia ajam desta forma, porque uns ainda vivem normalmente, mas outros tentam passar uma imagem falsa, que se não fantasiosa, e no mínimo mentirosa, mas se pararmos para pensar, se tirarmos o que são contra as leis, o que resta?

12 de jan. de 2012

ADEUS, MENINOS – AU REVOIR LES ENFANTS (1987)



         Por Marcel Moreno

                  “Adeus, Meninos”, apesar de trabalhar com crianças e seu espírito infantil, ele não é em nenhum momento inocente, e nem mesmo esta é a proposta. Este também não é somente um adeus às crianças que inocentemente, injustamente e precocemente foram mortas em campos de concentração na era Hitleriana, que ao mesmo tempo que derrubou sangue de milhares de vitimas, levantou a necessidade de se pensar em um novo mundo para que isto nunca mais ocorra. Este adeus é mais do que estas duas despedidas. Este Adeus é justamente a este universo infantil das crianças, onde habitam a inocência, a bondade, a boa vontade, e porque não a franqueza, para dar espaço a sentimentos mundanos como egoísmo, preconceito, disputa, ora mostrados nas interpretações dos garotos, ora presente nas atitudes dos adultos. Longe de dizer que o homem nasce bom e se corrompe com o meio, aqui as crianças, que vivendo a situação e a época que estavam vivendo, são praticamente obrigadas a deixar aflorar outros sentimentos, que parece que em crianças estavam adormecidos, tanto para cresceram como homens quanto para se protegerem. 

11 de jan. de 2012

O VAGABUNDO - THE TRUMP (1913)



Por Marcel Moreno         

        Esse pequeno grande filme - pequeno por ter somente 24 minutos, menor que o tempo de 70 minutos estipulados como padrão na década de 20, e grande por representar mais uma grande mudança no cinema mundial com introdução de alguns elementos da linguagem clássica do cinema – Chaplin conquistou muitas pessoas com o seu personagem Carlitos.

10 de jan. de 2012

ZELIG (1983)




            Para quem está acostumado com talento e poder de fazer cinema do grande diretor Woody Allen, agora tem a disposição um dos melhores documentários já fabricados pela indústria cinematográfica. Se documentário é a amostra de uma passagem da vida, amostra de imagens, resumo de um período, um momento do passado fossilizado em imagens, este trabalho de Allen é simplesmente tudo isso e mais. Ele consegue expor para nós a vida de um homem com um problema de personalidades, e nos fazer delirar com momentos cômicos e melancólicos e tudo que se passa na vida de uma pessoa como Leonard Zelig.

8 de jan. de 2012

MADAME BOVARY (1991)





Por Marcel moreno


              Muitos são os filmes que tentam retratar um casamento mal sucedido, que como consequência, algum parceiro se aventura em uma relação extraconjugal com o intuito de suprir algo que está ausente no casamento. Outro ponto abordado é a tentativa de fazer uma adaptação de um livro, que neste caso foi muito bem sucedido,  resgatando os pontos crucias da visão do escritor e características dos personagens, sem deixar escapar a alma do livro. Madame Bovary de Claude Chabrol é simplesmente uma película sem igual, colocando-a num nível que podemos classificar como peça genuína da 7ª arte. Para uma adaptação, o filme é fantástico, pois em nenhum momento você fica com dúvidas sobre alguma cena por não ter lido o livro e nem fica perdido na história. Outro ponto é o fato da interpretação da atriz, que alias lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Moscou, conseguir mostrar todos os reais sentimentos da personagem para o telespectador.

5 de jan. de 2012

GRASS - MACONHA (1999)


Por Marcel Moreno


               Este com certeza é um documentário muito diferente do que estamos acostumados a ver sobre a maconha. Ele não faz necessariamente uma apologia a droga, mas nos faz pensar em tudo que sabemos até hoje e todas as informações que a nós chegou por meio da mídia ou do governo. Em alguns momentos ele até levanta o debate sobre a liberalização do uso, mas indiretamente e mais ligado a subjetividade de cada telespectador, e muito diferente do trabalho apresentado no documentário QUEBRANDO O TABU (2011), onde basicamente quem assiste é levado a um pensamento mais aberto sobre o uso da erva. Não necessariamente quem defenda a liberdade de uso seja um usuário ou um defensor da droga, mas vale lembrar que todos somos livres para saber o que é bom para nós, e devemos, sem dúvida, lembrar que o nosso direito acaba quando o direito do outro começa.

3 de jan. de 2012

A CAVERNA DOS SONHOS ESQUECIDOS - THE CAVE OF FORGOTTEN DREAMS (2010)



Por Marcel Moreno


               Este documentário é um dos trabalhos mais exuberantes de sua época, não pelo fato de mostrar para o publico um assunto importantíssimo, e algo que os nossos olhos provavelmente não veriam de perto, mas por nos fazer refletir sobre assuntos como arte e vida dos seres humanos, de homens que ali habitaram muito anos antes da criação do cinema. Werner Herzog traz para nós um belo afã, onde ele transcende a arte do cinema e da arte, e quase chega a ontologia, na qual independente de como o homem se manifestava, deixou ali algo artístico. Herzog conseguiu mais um grande feito após Grizzly Man (2005) e Encounters At the End of the Wolrd (2007), trabalhos que demonstram seu grande talento em nos apresentar a vida na forma mais linda conhecida desde 1895 com o cinematographe dos irmãos Lumiére, o cinema. Documentários são famosos neste mundo por poder demonstrar a vida, consolidar imagens, apresentar ideias (como é o caso dos documentários utilizados para disseminar as ideias do comunismo na União Soviética), e  ainda abrir um leque de assuntos e possibilidades, trabalho que pode levar informações as massas e ainda entreter seus telespectadores.

2 de jan. de 2012

ROMANTICOS ANÔNIMOS - LES EMOTIFS ANONYMES (2011)




Por Marcel Moreno

             Amor, relacionamento, paixão, confidências, são ingredientes que fazem parte da nossa vida. Embora este sejam ingredientes problemáticos, porque envolvem uma segunda opinião, são elementos que não podem faltar em nenhum momento. Angélique e Jean Rene são personagens de uma trama de amor que envolve mais do que um simples gostar, eles tinham que trabalhar seus lados emocionais, que agiam fortemente dentro deles, inibindo que eles colocassem para fora o que realmente sentiam. Angélique era uma especialistas em chocolate, mas todas as vezes que era elogiada ou reconhecida acabava desmaiando. Jena Rene pelo contrário tinha problemas para se relacionar com outras pessoas, principalmente com mulheres, caso que o fazia suar feito louco e a perder a atenção. A vida dos dois é como um grande taxo de chocolate, onde o cozinheiro vai mexendo e misturando todos os ingredientes na busca pelo prazer e a felicidade. 

1 de jan. de 2012

PREMIO SELO INGMAR BERGMAN



               Este ano foi um super ano e, dentre as várias conquistas, a criação do meu blog de cinema. Outro ponto positivo foi o de poder conhecer mais os assuntos relacionados com o mundo cinematográfico, e ainda várias pessoas também interessadas neste assunto, que para mim foi na verdade uma surpresa, e me fez sair da caverna e acreditar um pouco mais na existência de pessoas interessadas em arte. E ainda ganhei o Selo Ingmar Bergman, premio criado para reconhecer o trabalho de blogueiros cinéfilos, Selo este idealizado por Luiz Santiago do blog CINEBULIÇÃO e pelo Nelson do blog FILOCINÉTICA. Estou muito feliz com o Selo e muito mais motivado para continuar estudando esta arte maravilhosa que já faz parte da minha vida. Bom ano a todos e principalmente para nós cinéfilos, e que venham os grandes trabalhos de 2012 e que os rolos dos filmes ruins e os péssimos roteiros queimem ou se percam, para não nos deixar com raiva. Viva o cinema!