Se espera um final chocante e diferenciado, com este filme
não irá encontrar. O grande diferencial e talento é o filme todo em si, seja na
atuação dos atores ou nas sutilezas que compõe o filme como um todo. Michel é
um rapaz que está pessimista com a vida, alegando não ter oportunidades de
trabalho, ele entra para a vida do crime. Sua vida parece mudar quando encontra
Jeanne, uma moça que cuida da sua mãe doente. Ele, apesar do talento como
batedor de carteira, não tem uma ambição alem daquela de roubar carteiras.
Preso por algumas vezes, sua vida não tem grandes transformações, assim como é
a vida de quem faz de suas vidas uma ferramenta para ter o roubo como
profissão.
Se
formos detalhar as atuações dos personagens, falaremos de pérolas. Como o
próprio diretor Bresson, seus personagens não atuam, eles são. Assim to o Mise en
Scene é formado pelos jogos corporais e não pelas atuações em si. A evolução visível
das performances atribuem um profissionalismo magistral do diretor.
Contudo,
este com certeza é um clássico que não deve ser descartado das listas de
vistos. As belas imagens que retratam os roubos efetuados por Michel dão um ar
documental ao filme, onde podemos em meio a uma paisagem de uma Paris lindíssima,
roubos efetuados por alguém sem nenhuma perspectiva. Toda a sexualidade dos
toques sutis de um simples batedor de carteira faz do telespectador seu cúmplice
e não mais testemunha.
Título Original: Pickpocket
Título no Brasil: O Batedor
de Carteiras
país de origem: França
Ano de Lançamento: 1959
Direção: Robert
Bresson
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